Paredes de Alvenaria

Nessa urgência sofrida, paralisam os números,

E a surdez, ainda incomoda mais, nada de som;

Não há mais aviso, só um silêncio tão sincero,

Que mesmo assim, chega machucando pelo tom...

Da voz, da vez, do medo, da ausência presente,

Desse pulsar tão urgente, que o coração sente;

E fica assim, versando para não chorar, tente,

Desfazer esses nós que nos prendem, alimente...

A força que me falta, mas não com teu silêncio,

Imagem, face, paisagem, crase, crise, um frio...

Que perturba, arrepia as palavras tão solitárias,

Rabiscadas em grafite, nas paredes de alvenaria.