O Forasteiro
Esta madrugada desnorteada
Norteou a fada e o seresteiro
Sobrou-me viver o forasteiro
E aflorar no meio da estrada.
Num mundo que é redoma
Domar o medo faz tentação
Cada tentativa e seu aroma
Amor por autômata sensação.
Eu nunca perdi o meu caminho
É que falta achar alguma graça
Os atalhos formam mesas de bar.
O ruim de me manter sozinho
É que vou virar alimento de traça
Antes de ser convidado para o lar.