Escreve, menino!
A noite arranca-me suspiros...
As aventuras e o centro do universo,
a lágrima contida nos beijos,
as flores que louvam solitárias no quintal,
o sorriso das águas e seus espíritos desajeitados.
A noite arranca-me as vestes.
Tuas mãos,
tuas marcas,
derme macia
e alheia
misturadas aos sentimentos,
poemas nus
atravessados
na garganta
e no peito
e a continuação do universo repleto
que nasce torto e desajeitado
sob a acurácia das nossas penas.
Poéticos.
Condenados.