O Reveillon da Consciência
As minhas vértebras celebram
O intervalo do destino
O badalo do desatino
Nos membros do corpo cansado.
As minhas pálpebras consolam
Os sinais de crueldade
Os canais de caridade
Das lástimas do olhar defasado.
A minha consciência justo ela
Completou alguma primavera
Que pena acabo tendo dela
Nasce bela e acorda como fera.
E que escorra o néctar da lua
Para abençoar a eloquência
De mais um ano de decência
(até insistir na loucura nua
e crua.)