A SALVADORA
Alguém está lendo
Minhas palavras
Lamentos...
Ontem chorou um homem
Não era senhor de si
Seus pés sangravam
Suas palavras falseavam
Quis segui-lo
Errante
Na estrada sem fim
Para onde iríamos?
A esmo seria
Uma pobre alma triste
Feito a minha
Como passarinho
Aninhou-se no chão
Paninhos
Restos
Um cheiro de cão
A lágrima rolava
De um resto de coração
Um sorriso triste
De voz doce
O confortou naquela noite
Foi seu abrigo
Sua luz derradeira
E passou tão distante
Feito um cometa
Que quando quedou-se em terra
Não se salvou
Se tornou a triste moça prendada
Um nada para a humanidade
A idiota inconformada