Ela
E ela se dedicava mais em criar histórias do que viver a sua própria. Imaginava-se em viagens com os amigos, em conhecer o mundo, lugares e paisagens, viajar entre os museus e bibliotecas, mergulhar no passado e entender o presente... Criava conversas, momentos e situações. Desejava ser necessária e fazer a diferença, mas não se dava conta que vivia tudo isso apenas nas suas divagações e que seu presente real batia incessantemente em sua porta.
Planejava mais do que executava.
Sonhava mais do que realizava.
Queria mais do que poderia.
E enquanto isso acontecia, ficava imóvel entre um passado e o futuro, sonhando e criando histórias que talvez, jamais aconteceriam.