O Fastio Pelo Poder

No sacerdócio do político,

Nasce o abutre do homem,

O vilão é gracejo gentílico,

Cancro que de si tem fome.

Padroniza o ofício do ócio,

Dá valor ao que é detalhe,

Do diabo se torna o sócio,

Aguarda que o povo falhe.

Canoniza a alma da cédula,

No silêncio desta votação,

Onde drenará até a medula,

Do ventre de sua ambição.

Até que enfim tome posto,

Os fatores alteram a ração,

O povo agoura o encosto,

Tornando fúnebre a nação.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 07/04/2016
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