ato falho
vamos, espalha comigo,
não é poema o que faço,
não tem a força do aço
nem o rigor do castigo
não é o fogo no espaço
nem o refúgio do abrigo,
não há o perdão do amigo
em cada linha que traço
mas se o poema, querida,
não vive da esperança,
não é igual à criança
que vive sem um contrato
se ele não for mais um ato,
não há teatro na vida