Cutucar da existência

Despertando estou,

ou talvez agora sim eternamente ei de adormecer,

para sacramentar o que há em nós de mais humano,

Eis então que a velha pergunta volta a me assombrar.

A razão sozinha e confusa,

lutando imersa em um labirinto de sentidos,

qual é o início do pensar e onde está o fim do amor?

É como o vento que se sente porém não se vê...

Cá estou eu,

sentado em um banquinho da praça,

questionando-me porque aqui estou,

enquanto os outros nem se dão conta de que existem.

Será que reflito muito e assim vivo pouco?

Será que eles pensam menos e percebem-se viver mais?

Será que atingi o extremo da razão e da loucura?

Ou será que são eles os loucos por não sentirem o cutucar da existência?

Petrópolis - RJ, 01/04/2016 às 19:30