NO CURSO DA VIDA
A vida se esvai, como areia entre os dedos
O tempo não para, segue firme o seu curso
Cresce a saudade e com ela os medos
Medo que freia, silencia, aprisiona
Que na fragilidade do ser
Obrigatoriamente se acostuma
A pele sem viço, os passos tão curtos
Os olhos cansados, a mente já lenta
É retrato atual que a hora ostenta
Há tanto vazio entre o dia e a noite
Perderam-se as imagens que enchiam o olhar
Ficando as lágrimas nos olhos a dançar