O Humano Poente
Envelhecimento é cruel
É um banho feito de fel
Tamanha é esta verdade!
Basta viver, que a mocidade,
Se perde nos dedos.
Envelhecemos com o tédio
A incapacidade e pequenez
De não nos livrarmos dele
A velhice se abriga em mudez.
Envelhecemos pelo corpo
Quando paramos na vida
O cheiro da perda é sentida
O cansaço do nada é vivido
Nossa chama enfim se desfaz.
Quando você deixa o coração
Parar de bater de emoções
Fica emperrado de atuação
Entre ilusões e decepções.
Quando você deixa a alma
Sentir o peso da história
A morte se evidencia de glória
Dificilmente você volta a viver
Aceitar o inverno que chega.
O que diferimos uns dos outros
É o quando somado no aonde
Até o ser humano se põe no canto
Alguns acabam por cair no pranto
Infelizmente os outros nem tanto.