O Humano Poente

Envelhecimento é cruel

É um banho feito de fel

Tamanha é esta verdade!

Basta viver, que a mocidade,

Se perde nos dedos.

Envelhecemos com o tédio

A incapacidade e pequenez

De não nos livrarmos dele

A velhice se abriga em mudez.

Envelhecemos pelo corpo

Quando paramos na vida

O cheiro da perda é sentida

O cansaço do nada é vivido

Nossa chama enfim se desfaz.

Quando você deixa o coração

Parar de bater de emoções

Fica emperrado de atuação

Entre ilusões e decepções.

Quando você deixa a alma

Sentir o peso da história

A morte se evidencia de glória

Dificilmente você volta a viver

Aceitar o inverno que chega.

O que diferimos uns dos outros

É o quando somado no aonde

Até o ser humano se põe no canto

Alguns acabam por cair no pranto

Infelizmente os outros nem tanto.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 29/03/2016
Código do texto: T5588246
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