CORRENTES
CORRENTES
As estradas que passam por baixo dos meus pés
oferecem placas aos meus olhos
Choro e molho
Só pra o rio não secar
Dizem as placas
que não posso parar
Não posso olhar pra trás
Não posso querer mais
Ignoro
Olho
e me faço feliz
E aí
outra placa me diz:
Lá na frente tens um lugar
Ora ora,como sabe ela
se quero chegar?
Deito-me então irreverente
na grama ou no chão quente
Viro-me ao avesso e me reivento
desligo a estrada
destrato o tempo!
Distrato!