Zé Poeta . . .
Poeta, sonhador solitário e andarilho permanente...
Senhor da terra, do lixo e das ruas escuras...
Sempre vagando pelo mundo a fora...
Sem rumo e sem prumo...
De leste a oeste.
De norte a sul, desde Poços de Caldas a São Sebastião do Paraíso.
Sempre vagando...
Como uma folha sendo levada pelo vento...
Andando pra lá e pra cá...
Como um simples homem...
Moribundo em sua humilde função de catador...
Porém, homem forte de saúde, apesar dos constantes porres...
Um simples mortal, ordinário, fora de sintonia e fora de eixo...
Uma pessoa que anda só de chinelos e shorts...
Sempre brigando com sua mãe Geralda Oliveira,
Que sempre o ajudou em dinheiro...
Afinal . . . POETA um homem simples, ordinário e fora de prumo . . .
Felipe L. de Oliveira
Nota: Zé Poeta foi encontrado morto alguns anos depois na cidade de Águas da Prata, em frente a um bar numa madrugada. Apresentava hematomas na face, sangramento e sinais de que fora espancado... Nada foi feito a respeito, apenas um enterro simples como indigente. Ele se foi como sempre viveu, de maneira simples, discreta e sem incomodar ninguém...