Barco de papel
Notícias descem com a enxurrada
Em forma de barquinho de papel
Trôpego pela sarjeta da calçada
Desce a rua ao canto do menestrel
Não o fiz, mas é meu também
Agora que a correnteza o leva
O chamo com os olhos, mas não vem
Lá vai o almirante engalanado
De branco e botões dourados
Está a proa do meu barco, em balanço
Assim... um tanto desajeitado ,
Pousa a joaninha na vela ,e fica
E os marinheiros se riem, e nem ligam
No porto mais adiante...outra mão
No casco há tantos nomes, qual será ?
O almirante o chama de "Todos", e
" Todos" ...navega assim...sem parar.