A sardinha e os tubarões
 
Imagino o dia a dia
A rotina, as conversas, as companhias...
Deduzo as interações
Em que nível e frequência que se dão
A energia para a concentração
Quantas vezes se adequa
Em detrimento do que acredita
Os estorvos tolerados
Os prazeres digeridos como inimigos
E as buscas no interior nas tentativas de sintonia

Imagino a sequência de etapas com que preenche o dia
Espontâneas, automáticas, forçadas...
A entrega a um descanso
Com a mente abarrotada de lembranças anômalas
Na nômade independência natural dos pensamentos
Crivadas das interpretações subjacentes

As imperfeições segundo sente
Absorvidas sempre como se fosse um presente
As condições questionadas por trás do auto convencimento
Nas heroicas batalhas travadas pelos controles
Sobre as carências sufocadas
E o lidar com as farpas de projeções não condizentes
Que recebe de estranhos que desconhecem o tamanho da missão
Que tem, entre outras, a condição de não ser indiferente