Prisioneiro Morto

O jogo continua

A prezar pelo último suspiro

A ser dado em meu pulmão

Algemas se consagram

Junto a bruscas quedas do penhasco

Apenas uma vírgula

Para o texto mal escrito

Por mãos cheias de sangue

Enquanto busca entender o porquê

De quase sempre se perder

O jogo continua

A rir pela nova chance

De ver meu rosto se esbarrar no chão

Estou gritando sem

Tornar o som algo óbvio

Eles não percebem,

Mas por dentro a Hiroshima

Em meu pesar estoura

O jogo continua

E cada vez mais parece

Haver alguém em meu lugar

Estou do outro lado

Conversando pelo telefone

Através do vidro transparente

Perguntando a minha mente

Se ele quer ou não

Seguir os passos já pensados

Por quem já esteve na prisão

O jogo continua

E ninguém veio me visitar

Eu mais uma vez ... Estou só, somente só.

Prisioneiro, prisioneiro

Morto, morto

Apenas por mim mesmo

Dentro da solitária a se chamar

De minha mente própria.

Edilson dos Santos
Enviado por Edilson dos Santos em 04/03/2016
Reeditado em 04/03/2016
Código do texto: T5563840
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