Prisioneiro Morto
O jogo continua
A prezar pelo último suspiro
A ser dado em meu pulmão
Algemas se consagram
Junto a bruscas quedas do penhasco
Apenas uma vírgula
Para o texto mal escrito
Por mãos cheias de sangue
Enquanto busca entender o porquê
De quase sempre se perder
O jogo continua
A rir pela nova chance
De ver meu rosto se esbarrar no chão
Estou gritando sem
Tornar o som algo óbvio
Eles não percebem,
Mas por dentro a Hiroshima
Em meu pesar estoura
O jogo continua
E cada vez mais parece
Haver alguém em meu lugar
Estou do outro lado
Conversando pelo telefone
Através do vidro transparente
Perguntando a minha mente
Se ele quer ou não
Seguir os passos já pensados
Por quem já esteve na prisão
O jogo continua
E ninguém veio me visitar
Eu mais uma vez ... Estou só, somente só.
Prisioneiro, prisioneiro
Morto, morto
Apenas por mim mesmo
Dentro da solitária a se chamar
De minha mente própria.