Deus, Zombeteiro . . .
Estranho esse seu Deus...
Vejo sua bondade, quando admiro o nascer e o pôr do sol...
Observando as tempestades, raios, terremotos e tsunamis;
Também vejo seu descontentamento e sua ira...
Estranho esse seu Deus...
Prega a paz, a harmonia e o amor...
No entanto, usa fogo e furacões para destruir sem piedade...
Arrasa povos e cidades; transforma mulheres em estatuas de sal !
Estranho esse seu Deus...
Prega a paz, mas permite a desarmonia, o ódio e as guerras sem fim...
Prega o amor e a esperança, mas permite o desamor e a desesperança...
Prega tudo de bom, contudo permite a dor, o sofrimento e a morte...
Estranho esse seu Deus...
“Crescei-vos e Multiplicai-vos” Porém o que mais existe é a solidão !
Mostra sua face de amor, quando permite o nascimento de uma criança...
E... sua face sádica, quando sem dó nem piedade mata essa criança !
Estranho esse seu Deus...
Diz que é nosso Pai e nos ama...
Entretanto, ri de nós, pobres mortais... Gargalha de nossos planos...
Zomba de nossas esperanças...
Estranho esse seu Deus...
Vê quão grande é minha desesperança e meu desespero.
Acena-me com um lindo olhar no horizonte... Todavia, o coloca tão longe,
Tão distante, que por mais que caminhe, ainda continua muito distante...
Zombeteiro esse seu Deus !
Ofircopa