Aquele eu!
Sou como uma planta
Que todos os dias necessita do calor deste ambiente,
Daquele adubo seco, indispensável ao meu crescimento.
Da água que é essencial não só pra me fortificar, mas pra não deixar,
Que minhas folhas se percam naquela ventania escura.
Sou como um sorriso
Que carece de limpeza...
Para ser forte a cada mordida dura da vida
Que conta sempre com um brilho
Para dar vida aos olhos tristes daquele olhar que me vê
Sou como a natureza, única.
Que precisa ser vista, com os olhos do amor,
Cuidada todos os dias... E assim você me manterá viva!
Senão, um dia sentirás intensamente no seu coração,
A razão da minha existência.
Sou aquela Águia que embeleza o céu
Que voa em sintonia com suas semelhantes
Para deixar o céu ainda mais azul.
Que não entende o que se passa no solo
Mas que continua voando
Sou aquele mendigo que vimos na rua
Que está ali, triste, com um olhar carente.
Carência não só financeira
Mas, daquele carinho momentâneo, de uma ajuda.
De ser visto. E que pena que você passou...
E não quis nem me olhar... E eu lá, buscando seu olhar.
Necessitava tanto que você me visse, mas entendo, é a VIDA
Sou aquele medo
Aquela tristeza, que lá, bem lá, ocultada no meu inconsciente.
Me faz sentir aquela fobia, que nem eu sei explicar.
E tudo por culpa, culpa daquela lembrança, que fugiu de mim
Sem saber que no futuro eu precisaria dela.
Sou aquela que estou ali
Mesmo quando ninguém, absolutamente ninguém me vê
Mesmo quando eu não consigo explicar a minha presença
Estou ali, estou ali! Mas acho que só Deus me vê
Enfim, sou mais um daqueles EU’S do planeta.
Que às vezes, emocionalmente se perde em outro EU.
E quando tudo dá errado, volta mais forte.
Para meu único EU.
Sou tudo, sou nada.
O que fui e o que um dia serei
O que penso, e o que pensam de mim.
O que imagino em pensamento, sonhos e atitudes
O que semeio hoje para colher,
Naquele dia em que talvez eu já não seja mais a mesma!