COPO CHEIO
O fim enfim, se dá a que?
O que nos faz pensar que estamos no meio de algo,
no começo ou próximo ao fim?
Andando as cegas, adaptando costumes,
Sempre com a finalidade de aceitar-se,
justificando-se sempre no meios,
para reclamar os melhores proventos do fim.
Justiça? Temos? Passando pelo crivo das necessidades imediatas.
o que pode parecer justo à você?
Talvez não sejas para as Angolas.
Falando em justiça, é justo eu ter tanto,
e outros tão pouco?
Posso andar, ver, correr, ir e vir, orar, ouvir, sentir,
Enquanto outros não podem se quer, ser?
Como agradeço a vida pelas graças que tenho?
Reclamações, comparações?
Preciso tanto de uma casa maior, quanto de paz,
O carro dos sonhos me traria mais perdão,
Uma viagem fantástica, me faria alguém mais grato,
Um avião me transformaria num ser amoroso.
Na verdade, somos tão repletos de nós que não cabe mais nada.