Ausente sem partir

Penso como quem sente fome, de realidade

Por isso tenho digestão de sentimentos

Sou eu puro firmamento?!

De minha própria interioridade?

Penso como o ato de respirar, apenas contemplo

Sou eu quem aqui penso? Não sei - escrevo

Apenas sou o intermédio de mim mesmo

Que fala para além do tempo

Ausente sem partir, vou sonhando de olhos abertos

A atemporal descrença de tudo, e de mim mesmo

Guia-me pela interioridade do profundo medo

E para além do bem e do mal - desperto.

Fiódor
Enviado por Fiódor em 22/02/2016
Reeditado em 01/03/2016
Código do texto: T5551244
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