Ausente sem partir
Penso como quem sente fome, de realidade
Por isso tenho digestão de sentimentos
Sou eu puro firmamento?!
De minha própria interioridade?
Penso como o ato de respirar, apenas contemplo
Sou eu quem aqui penso? Não sei - escrevo
Apenas sou o intermédio de mim mesmo
Que fala para além do tempo
Ausente sem partir, vou sonhando de olhos abertos
A atemporal descrença de tudo, e de mim mesmo
Guia-me pela interioridade do profundo medo
E para além do bem e do mal - desperto.