Irmãos
Dê cá as mãos.
Vamos para a glória,
interior da capital,
que a passagem é barata,
que o olhar é estupefato e
a cerimônia é estapafúrdia.
Irmãos, quanta sede!
Dê cá os cálices,
terra santa,
terra fértil,
mas dos outros, Senhor,
mas, por que muros, Senhor?
Sangue de gente herege,
sangue de gente alheia ao rito...
Sangue pra quê?
Irmãos...
Dê cá as mãos.
Santifiquemos a natureza humana
antes do bar e da cama.
Dê cá as mãos,
mas sem aliança, por favor,
que temos hora e quarto certos,
como convém a fiéis.