Desvãos

Em vão me pego a pensar.

Porque será?

As letras escapam-me

Aliviando o peso

De se estar tão só!

Ah! doces e ternas

Rimas que me fazem

Sentir o doce que

Há em Mim!

Olho ...para onde?

E torno a sorrir.

Vem Alma minha

Entra em meu Ser.

Sorrateiros versos

Venham me conter

Pois que não

Me atenho mais

Já fugi de Mim.

Eis -me a dizer:

"Essência do Viver,

Tão casta a Vida É"!

E por que acaso

A complicarmos tanto?

Penso que me revisto

Da inquietude natural

Do Mundo.

Mas em Mim,

Tudo é sóbrio devaneio .

Tão solícita quanto

Amarga as vezes,

Fervilha a mente

Em busca do quê?

Inútil procurar.

"Solamente Só"!

Arquiteto planos mas

Não os desejo realizar

Tão efêmera e quão

Passageira aqui Estou.

A bagagem já leve,

Aqui estou a deixar!

Principio a procurar.

E nessa bucólica e rasteira busca

Um dia...

"Hei de me encontrar"!

Berta Novick
Enviado por Berta Novick em 18/02/2016
Reeditado em 01/05/2016
Código do texto: T5546956
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