Desvãos
Em vão me pego a pensar.
Porque será?
As letras escapam-me
Aliviando o peso
De se estar tão só!
Ah! doces e ternas
Rimas que me fazem
Sentir o doce que
Há em Mim!
Olho ...para onde?
E torno a sorrir.
Vem Alma minha
Entra em meu Ser.
Sorrateiros versos
Venham me conter
Pois que não
Me atenho mais
Já fugi de Mim.
Eis -me a dizer:
"Essência do Viver,
Tão casta a Vida É"!
E por que acaso
A complicarmos tanto?
Penso que me revisto
Da inquietude natural
Do Mundo.
Mas em Mim,
Tudo é sóbrio devaneio .
Tão solícita quanto
Amarga as vezes,
Fervilha a mente
Em busca do quê?
Inútil procurar.
"Solamente Só"!
Arquiteto planos mas
Não os desejo realizar
Tão efêmera e quão
Passageira aqui Estou.
A bagagem já leve,
Aqui estou a deixar!
Principio a procurar.
E nessa bucólica e rasteira busca
Um dia...
"Hei de me encontrar"!