Não tem jeito
Leva a garrafa, não tem jeito.
Depois da boemia,
depois da liturgia,
depois do amor
e seus truques,
depois da televisão
e seus duques.
Duquesas tantas, meu pai!
Leva a garrafa, não tem jeito.
E precisa votar,
e precisa voltar,
e precisa vomitar
sabedoria tamanha
pela evolução de alunos brilhantes.
Também levam garrafas,
também lavam garrafas,
também lavam os pés antes de pecar.
Vejam só!
Por que eu, permanente orgânico desajeitado
e batizado em águas puras de sódio e cloro
optaria por não aderir às modas?!
Ausento-me por hora, senhores.
O dever e a sede me dão ordens,
e um filho padrão deve ser obediente.
Levo a garrafa,
meu amor destilado,
glórias e aleluias,
cambalear e pedir a Deus
tostões e mulheres...
Absinto
e sinto muito.