ENFIM...

Num instante mórbido de saudades

Desses que invade a alma

E arrasta os sentimentos

Tempestuoso feito tsunami

E de súbito

Acompanhada de morta calmaria.

Escrevi uma poesia

Com versos brancos e livres

Contrastando com minh'alma

Negra e cativa...

Na esquiva de uma vontade,

De um desejo.

A procura...

Procurei dentre os guardados efêmeros da alegria

O gosto de um beijo,

O calor de um abraço,

O cheiro da epiderme,

O som dos seus ruídos...

Seu corpo fantasmagórico não me respondia...

Só aquela saudade me doía

No peito sangrando sem anestesia.

Arranquei a rosa ressequida

Dancei em minha mente a nova canção,

Rasguei os poemas que um dia lhe escrevi ,

Desenhei sua imagem no espelho de meus olhos,

Quebrei em mil pedaços sua alegoria...

Joguei na lixeira do esquecimento...

E enfim

Sorri...

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 13/02/2016
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