ENFIM...
Num instante mórbido de saudades
Desses que invade a alma
E arrasta os sentimentos
Tempestuoso feito tsunami
E de súbito
Acompanhada de morta calmaria.
Escrevi uma poesia
Com versos brancos e livres
Contrastando com minh'alma
Negra e cativa...
Na esquiva de uma vontade,
De um desejo.
A procura...
Procurei dentre os guardados efêmeros da alegria
O gosto de um beijo,
O calor de um abraço,
O cheiro da epiderme,
O som dos seus ruídos...
Seu corpo fantasmagórico não me respondia...
Só aquela saudade me doía
No peito sangrando sem anestesia.
Arranquei a rosa ressequida
Dancei em minha mente a nova canção,
Rasguei os poemas que um dia lhe escrevi ,
Desenhei sua imagem no espelho de meus olhos,
Quebrei em mil pedaços sua alegoria...
Joguei na lixeira do esquecimento...
E enfim
Sorri...