Agridoce Agreste
Na terra cipreste,
o veneno é o que se destila na língua...
A voz que se emudece pelas pradarias.
Do cotidiano insólito da mesma linguagem.
O vulto da luz sem claridade,
e o solo que se cava em beirais de estradas.
tudo se faz melancolia,
tanto o vento do verso ao avesso,
quanto aquela triste melodia.
e
enquanto o pranto lava a face empoeirada,
descortina-se, o sol, ao canto da passarinhada.
é
o brejo das cruzes que se apaga da vista,
é o mesmo solo onde cavo o leito da morte.
...
No mais,vou-me embora.
Até logo, adeus e boa sorte,
porém, meus passos
é que se desmarcam das horas.
Niniz Voaglin
08.02.2016