POESIA EM MIM
A poesia permanece em mim,
Muitas vezes em silêncio.
Transfigura-se e ignora todas as regras do meu ser.
Às vezes chora umas rimas sem métrica alguma.
E sem prece e sem pressa, ressuscitam-se os versos.
Não quer ter guias, quer ser livre para explorar as formas de nascer.
Não teme o erro. As criticas? Ah, ela caçoa!
Quer apenas vir e naturalmente se materializar.
Nem quer saber se agrada a minha pessoa.
E vem, sem intenção de ser aprovada.
Toma posse dos meus pensamentos e revira tudo em mim.
Meu cotidiano vira temas, minhas conversas viram prosas.
Ela quer ser declarada, declamada!
Não quer ter gêneros, ás vezes até títulos rejeita.
A poesia se ajeita num canto qualquer e expõe-se
Sem cerimônias.
Ai quem é que confia?
Sou eu quem vive ou poesia?