POESIA EM MIM

A poesia permanece em mim,

Muitas vezes em silêncio.

Transfigura-se e ignora todas as regras do meu ser.

Às vezes chora umas rimas sem métrica alguma.

E sem prece e sem pressa, ressuscitam-se os versos.

Não quer ter guias, quer ser livre para explorar as formas de nascer.

Não teme o erro. As criticas? Ah, ela caçoa!

Quer apenas vir e naturalmente se materializar.

Nem quer saber se agrada a minha pessoa.

E vem, sem intenção de ser aprovada.

Toma posse dos meus pensamentos e revira tudo em mim.

Meu cotidiano vira temas, minhas conversas viram prosas.

Ela quer ser declarada, declamada!

Não quer ter gêneros, ás vezes até títulos rejeita.

A poesia se ajeita num canto qualquer e expõe-se

Sem cerimônias.

Ai quem é que confia?

Sou eu quem vive ou poesia?

Anna Lima
Enviado por Anna Lima em 02/02/2016
Reeditado em 02/02/2016
Código do texto: T5531264
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