Desculpa...

Mas a palavra não sai, não se enfeita,

Silencia, tão sem graça, não se ajeita;

De mim saberá tão pouco, quase nada,

Por isso, prefiro seguir, assim, calada.

A poesia me encanta por certo, ciente,

Não tente falar outras coisas, entende?

Sou apenas versos, e quase mais nada,

Normal, às vezes gosto da madrugada.

Da solidão que inspira, até da saudade,

Que me maltrata, mas eis a realidade;

Nua e crua, que me olha nos espelho,

Com nuances de verde e de vermelho.