Escondido
Bem quietinho, observo sua chegada
De tom amarelo, você vem me visitar
E passeia por mim...
E lambe minha pele...
Parecendo saber do infinito
Você vem num nível diferente
Transforma-me em perturbação
Quando dou por mim, já estou no escuro
É nesse buraco que me faço abrigo
Decoro meus fantasmas nas paredes
E a luz que agora acende
Vem reacender nossos pecados
No meio desse presente
Quietinho, vou escondendo meus rastros
É que dentro de mim tudo vira despedida
E já não durmo mais
Para eu adormecer, você decide me ninar
Mas nenhum sonho me acena
Então, resolve me barganhar
Só que eu não caibo no seu quarto...
Caibo-me nesse buraco, aqui
Escuro e tão acostumado com o meu cheiro
Por agora, essa é a energia...
Essa é a sina...
Um dia, isso perderá todo o sentido
Eu irei te dizer adeus...
No caminho, haverão outras cicatrizes
Mas, por enquanto, esta me serve à cara