Revoltas Secretas

Revoltas secretas esboçam-se,

trabalhando contra o tempo,

concluindo seus espaços,

no curso em que manda o vento.

eu rio de ti, pobre desvairado,

que, xingas a prostituta,

que exalta o profeta,

que não vê o mendigo,

que abraça teu ditador.

Pelo tempo, tem ao vento,

Revoltas secretas esboçam-se,

revoltantes iras de minha fé,

reviram-se em revoltas sem voltas.

trabalhando contra o tempo.

o tempo que despenca sem te ver.

e me pega nas estribeiras agarrando você

nas loucuras nas revoltas, nos trabalhos,

nos espaços, nos mandados, nos esboços, nos contornos, nos abraços.

Pobre lixo humano que valoriza o que vê.

Pobre alma que caiu e destruiu sonhos certos.

Pobre, Pobres.