Confissão
Aqui toco sutilmente
As minhas notas musicais
Para tentar compreender
Minha própria dispersão
Os retalhos do passado
Às vezes estão aqui
Afim de lembrar onde pisei
E onde as pegadas deixadas
Foram referência para crescer
Enquanto sorriso à força tenta
Transparecer o que não tem
Alguém procura ainda
Aprender como se viver
Neste jogo incerto
O tabuleiro me conduz
A tal direção que procurei
Mais um peão em busca de ser rei
Pois tenta fazer jus
Ao que julga ser o bem
Em branco minha tela
É pintada por tinta nem sempre sã
Talvez só alguns a compreendam
Em seu defeitos por assim ser
As orações já se confundiram
Com respostas nem sempre vindas
Se o real e o irreal estão separados
Então procuro o ideal a braços dados
Pela realidade a conceber