(Des)Concentração

Difícil se concentrar assim, parece que os seres acordam,

Quando chega a noite, ao invés de dormirem; agitados;

Irritam tanto, que até escrever é difícil, e mãos abortam,

Tateiam no escuro do pensamento, uns papéis rabiscados.

O dia foi difícil, termina ainda pior, cada um com sua dor...

Problemas e problemas, sem nenhum pudor, (re)aparecem,

Quem dera houvesse solução para aliviar, um cicatrizador,

Mas tudo tem seu tempo, a ferida, e os problemas, cedem.

Poesia e realidade, se confundem, e viram rimas cansadas,

Bom seria, se uma lâmpada se acendesse, então clareasse;

E concentração faria tudo verter mais suave, mas que nada,

Calmaria ilusória, até que a próxima tempestade chegasse.

Mas tudo retrocede, o que é bom, e também o que é ruim,

Fé, eis a luz brilhante, que deve permanecer até no escuro;

E quando for tormenta, o silêncio, a oração, marcam o fim,

Da dor, e a cada manhã confie em Deus, o abrigo seguro.