Perene
Quem dera eu pudesse voar,
Soltar o grito,
A alma libertar...
Nas linhas do tempo,
O tempo parar...
Nas curvas da vida,
A vida inventar.
Quem dera eu fosse gentil poeta,
E em doces palavras cantasse minha Terra,
Acendesse luzinhas pequeninas nas densaa trevas
E em verso acalmasse temíveis feras...
Mas sou pó
E só.
Trago no peito o medo,
Choro a morte e a não-sorte,
Perco a alegria, teogonia...
Ergo a voz em surdo lamento...
Quem aa ouve?
O vento...
Sou eu assim,
Tdo o que faço chega ao fim...
Perene, a vida passa...
Só as palavras agora é que têm graça!