Perene

Quem dera eu pudesse voar,

Soltar o grito,

A alma libertar...

Nas linhas do tempo,

O tempo parar...

Nas curvas da vida,

A vida inventar.

Quem dera eu fosse gentil poeta,

E em doces palavras cantasse minha Terra,

Acendesse luzinhas pequeninas nas densaa trevas

E em verso acalmasse temíveis feras...

Mas sou pó

E só.

Trago no peito o medo,

Choro a morte e a não-sorte,

Perco a alegria, teogonia...

Ergo a voz em surdo lamento...

Quem aa ouve?

O vento...

Sou eu assim,

Tdo o que faço chega ao fim...

Perene, a vida passa...

Só as palavras agora é que têm graça!

Milene Gomes
Enviado por Milene Gomes em 07/01/2016
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