ETERNO CONFLITO INTERNO
Meus poemas são um vômito do meu eu lírico,
um jogo de palavras com meu saber empírico.
Mas se sou quem aprendo com eles quem é esse "eu" que aqui escreve?
Minha bipolaridade é só um hemisfério brincando no tédio.
Sempre que escrevo me sinto num parapeito de um prédio,
a distância até o chão acaba se eu me jogar.
Pulo de cabeça toda vez que eu começo a escrever,
e abro os olhos no chão atordoado ao terminar.
O chão é a realidade e o prédio é imaginário.
Mas a sensação de cair é um fato extraordinário.
Flutuar entre as palavras me deixa confortável.
A queda livre é apenas um ato descartável.