31 de dezembro
como a torneira não deixa de pingar,
na verdade o ano não termina
não há interrupção
a não ser nossa abstração
românica, romântica, arábica,
maia, asteca ou o que for
na abstração do amor
a linha sobe e desce montanhas
a cordilheira é sublime
a teia quem faz é a aranha
na qual se prende o mosquito...