Criação irônica
Quem vive assim, sozinho, não vive
existe, somente
O que se passa despercebido,
nunca esteve aqui presente
Aquele o qual somente observa,
nunca vai ensinar
Um alguém nunca amado, nunca saberá amar
Sinceramente, isto é até um pecado:
Não estar permanentemente
apaixonado
alucinado
baratinado
Não sentir, do sagrado jardim, os frutos
Não confiar no benevolente ser humano
Não ouvir as cores
Não sentir os ruídos
E tudo faz tanto sentido
Vês?!
E tudo é tão direitinho
Tudo tão bem escrito pelas mãos do jardineiro