M O R T E

A morte mora comigo.

Convivo com ela, no dia a dia...

Ela sempre me acompanha e me observa.

Posso dizer que sua aparência não é boa...

Já me acostumei com ela...

Não me mete medo.

Mas, não aconselho essa convivência,

Ela não é salutar...

Tento mantê-la sempre afastada.

Contudo, ela não desiste, está sempre bem perto...

Boa observadora, um descuido e ela ataca.

Como abutre, não tem preferência... Serve qualquer um.

Atrevida, tenho dificuldade em mantê-la comportada !

Quando consegue, seus ataques são certeiros...

Já me pegou desprevenido.

Já levou a melhor.

Não gosta de mim... ou melhor, tem ódio de mim...

Fala que vivo atrapalhando sua vida

E diz que um dia vai se vingar.

Vejam, estou jurado de morte !

Também não gosto dela... Somos inimigos...

Porém, nos respeitamos e mantemos prudente distância...

Conheço bem minha inimiga... Ela não costuma brincar !

Vivemos uma trégua... ou seja, a guerra não chegou ao fim...

Aqueles que a desafiaram, já não estão mais aqui !

Não brinquem com ela... Ela não acha graça de nada !

Se tiverem juízo, mantenham a maior distância possível dela...

Ela não serve como companheira . . .

Acreditem em mim, sei o que estou falando . . .

Ofircopa