(Des)Caminhos
Andei por tantos caminhos
Que não me levaram a lugar algum.
Me afastei tanto da rota
Que hoje não sei mais como voltar.
Às vezes me sinto andando em círculos,
Ou como quem anda em labirintos
E se depara com altas paredes de espinhos,
Porém não encontra a saída.
Queria me lembrar
Em qual momento me perdi,
Mas esta lembrança
Está apagada da memória.
Queria ter deixado as migalhas pelo caminho
Para que ao menos tivesse pistas
Do caminho por onde voltar.
Mudar a rota é bom,
Desde que você saiba aonde vai.
O meu problema é justamente esse:
Estou a andar sem rumo,
Sem saber onde ir e nem onde
Essa estrada vai acabar.