A Geografia do Corpo
1. O #NovembroNegro como a noite fria, numa frívola madrugada, tão calada, quase sufocada, inerte ou anestesiada, está dormente e silenciosa é de fato pertubadora, revoltante e quieta como o instante que o telefone toca, estridente, surpreendente sombrio, pavoroso e relutante.
2. A voz do outro lado é da Mulher Negra que chora, a dor, a amargura como se culpa fosse sua e na realidade apenas sente de verdade o sentimento da impotência. Tão pior quanto a condição da Mulher Negra como portadora involuntária da notícia, do fato naturalizado no cotidiano pela mídia...
3. É afirmar a triste fatídica realidade a uma Criança Negra que desde a sua infância negra vivencia as marcas deixadas pelo extermínio de conhecidos, amigos e vizinhos, mas que dessa vez o homicídio foi de um primo, mais um entre tantos. A chamada foi apenas um aviso: o que fazer com isso? Vai chamar meu filho, a sua mãe! Chame o seu pai! Nenhum estavam presente! É preciso dar a notícia!
4. Tempos difíceis passados e a história se repete o corpo negro estirado no asfalto é mais jovem e de uma adoescente todos, todas estavas presentes e eu não, apenas morria em silêncio em vida. Esquecer jamais.