Retoque final
De que adianta palavras floridas, se não te perfumarem,
Contornar versos com o brilho da lua, senão te tocarem;
O português incerto, na língua que te chama pra perto,
Nas reticências guardadas, devaneios escancarados.
Ando querendo tanto ir, mas acabo ficando, é a solidão,
Que sempre anda rondando, e como presa me entrego;
Paralisada me rendo, tremendo de medo, sem reação,
Sou devorada, corpo, alma e coração, quero, não nego...
Cansar nas tuas mãos, mas não durmo mais, não posso,
Tenho medo de sonhar, e minha alma vai criando tudo;
Colocando no devido lugar, o meu e o teu, nosso mundo,
Transformando em obra de arte, o que já foi um esboço.