Desvanescer da aungústia
Visto-me, lisonjeado
Oculto, longe do brilho da aurora
Com o manto do sangue dos deuses de outrora
Esperando, silencioso, o julgamento final
Sentirão o peso do meu coração mortal
Não encontrarei respostas ao meu perdão
Vendo o meu pranto, os deuses não sucumbirão
Encontro-me agora no vazio do escuro
Enfraquecido pelos sonhos, iludido pelo futuro
Meus ouvidos ecoam os gritos em minha mente
O medo me envolve subitamente
Que os anjos me levem desse lugar, mas
Não creio que aqui eles possam entrar
Quando olho para os lados vejo apenas o breu infinito
Urro ao tocar o chão nesse mundo maldito
Está coberto por sangue escarlate
Rogo a ti, se quer me matar, então me mate
Ergo-me no ar com o vulto encapuzado
Mostra a sua face o momento inesperado
Olho seu rosto, é bela como a noite
Que ironia! O carrasco exala um perfume doce
Simples humano, com a coletora de almas
O vulto que ceifará minha vida em águas calmas
Usa agora sua arma, instrumento de trabalho