Aflita

Minha mão sempre aflita

Às vezes, até me irrita

Procura um papel a qualquer momento

Algo que escreva, para que se atreva

A registrar o intento

Do pensamento

A mão, com pressa, se agita

Quando encontra, para seu intuito

Daí, escreve muito

Tudo que lhe é comandado

Pela mente; sem cuidado

E quando tudo terminado

Com mais calma e ternura

Apresenta as correções

Ressaltando as emoções

No acerto final

A mão, então, sossega

Como se cumprisse a regra

Do silêncio da apreciação

Para ouvir a voz do coração

Danusalmeida
Enviado por Danusalmeida em 29/11/2015
Código do texto: T5464838
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