Aflita
Minha mão sempre aflita
Às vezes, até me irrita
Procura um papel a qualquer momento
Algo que escreva, para que se atreva
A registrar o intento
Do pensamento
A mão, com pressa, se agita
Quando encontra, para seu intuito
Daí, escreve muito
Tudo que lhe é comandado
Pela mente; sem cuidado
E quando tudo terminado
Com mais calma e ternura
Apresenta as correções
Ressaltando as emoções
No acerto final
A mão, então, sossega
Como se cumprisse a regra
Do silêncio da apreciação
Para ouvir a voz do coração