Doce sina
Não me acorrentes mais, com a doçura de tuas delícias,
Talvez seja por isso, que até engordei um pouquinho;
Tentações diárias que enche-me a boca, sem malícias,
Palavras tão ternas, envolventes deslizam em carinho...
Minha alma tenta, mas não resiste, e o coração assiste,
Convida as mãos, e no processo lento, às vezes rápido;
Experimenta sensações, que afloram à pele, uma libido,
E o olhar atrevido, desnuda as palavras de um jeito ávido.
Me toma pelas mãos, me envolve, me tira a razão, insana,
Não ouço mais nada, deixo levar, danço sem par pelo salão;
E percebo que a paixão pelas palavras, é fado que me chama,
E ainda que tente fugir, conhece os caminhos do meu coração.