Campo minado
acabou o que era Doce.
morreu o rio, mas os reis estão de pé.
o distrito banhado a lama,
a coroa banhada a ouro.
o dinheiro tá na mala,
pronto pra comprar o silêncio.
"que se dane o rio, a população",
a notícia não Vale a manchete.
verdade trincada, barragem de informação.
palavras filtradas e a água contaminada.
viva as minas gerais exploradas
até a última grama
por grana pra poucos
e trabalho de muitos,
negligenciadas pelas autoridades,
nobres covardes,
que visam o lucro
acima de tudo;
transformam a política em circo,
deturpam seu real significado,
se esquecem do passado
e deixam linhas vazias para a posteridade,
em que, reinante, será a fragilidade.
(se já não é).