PIADA SEM GRAÇA
Samambaia, saia de baiana,
No chaxim rodopiando.
Meu pensamento flutuando.
Como lua no céu amanhecida
Esperado o sol que não apareceu...
De saudades e desgosto entridteceu.
É tanta desgraça!
Piada sem graça.
O mal prevaleceu...
Terroristas, facínoras suicidas...
ceifando inocentes vidas.
O sangue escorre...
Nas calçadas, esquinas, faróis e avenidas.
Tragédias acontecem!
Diluvios de águas e lama.
Soterrando o rio que agoniza.
No último suspiro o peixe morre.
A cinza quente que esvoaça
A queimada se alastra.
O olhar assustado do bichano.
Prostrada diante da televisão
Amordaço o grito de indignação.
Rezo... Peço piedade, salvação.
A esperança amarelada é uma foto antiga.
Eu sucumbo entristecida.