Dorme com os anjos

Pela canseira do dia, faltou as palavras bonitas,

Palavras tuas, inspiração perdeu-se sem escrita;

Borradas letras manchando papel branco ou não,

Vai devagar derramando o pensar por essas mãos.

Não houve mistura, a ausência foi marcante, e o dia,

Passou entre o vento, e o calor salgando a pele;

Água refrecando a boca, matando a sede de poesia,

Selando a vida que se encontra dentro do olhar dele.

Tarde ou cedo, olhar teima, canseira nos adormece,

Então escorregue teu corpo cansado, pelos lençóis;

E sonha colorido, na felicidade que tanto merece,

Se puder, coração e alma deixarem, pensa em nós.

Dorme bem, aquietemos os sentidos, amanhã novo dia,

Bordemos sorrisos, nada de saudade, todo amor, alegria;

Na estética que se perde na canseira, dorme com os anjinhos,

Ouvindo a chuva no telhado, caindo bem de mansinho.