Quem Se Salvará?
Cansei...
De procurar o baú perdido
Das minhas respostas.
Nem sei...
Qual aspecto tem essa caixa...
Deveria ser talvez
Muito negra,
Muito pesada,
Muito antiga...enferrujada
...deveria ser é nada. (Quiçá)
Quem sabe essa caixa seja,
Como aqueles pequenos cantis
De rum, amarrados ao pescoço
Do são Bernardo da minha
Personalidade...
Esse animal resgateiro,
Que busca o moribundo
No gelo do mundo...
Reanimando o coitado
Com a bebida quente,
Que tem no pescoço guardado...
Meu rum respostas,
Que pela goela descem quentes
E líquido...liquida
Tantas trevas de perguntas...
Esse meu rum ruim
Que rói tantas certezas
De não haver respostas.
Devolve à vida
O calor do sangue,
O tino de atinar...
Amor calor,
Amor calar...
Calar...se minhas poesias
Não são mais respostas,
Calar...e mais um
Corpo frio,
No gelo procurar.
Quem eu salvo?
Quem se salvará?
Quem o meu rum
Conseguir esquentar...
Salva-lo-ei levando-o a amar
E me salvo.
Mesmo não tendo respostas...
Na poesia as encontro
E me torno alvo.
Opus Lumem Sewaybricker
11/06/07