DESÉRTICA

Este vazio no ventre

é planície árida

Poeira; é palavra

que se esvai pelas mãos

Vermelha; centelha

De grito abafado na escuridão

Este frio, no ventre d’alma

Rastio de lágrimas empoeiradas

Desata o laço do verso com a prosa

O nó, da pele; com o papel

Pó, d’um sentimento inverso

Enraizado no coração

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 05/11/2015
Reeditado em 17/12/2015
Código do texto: T5439054
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