DESÉRTICA
Este vazio no ventre
é planície árida
Poeira; é palavra
que se esvai pelas mãos
Vermelha; centelha
De grito abafado na escuridão
Este frio, no ventre d’alma
Rastio de lágrimas empoeiradas
Desata o laço do verso com a prosa
O nó, da pele; com o papel
Pó, d’um sentimento inverso
Enraizado no coração