O sonho
A poesia sai meio espremida, meio no tapa
É a cabeça que dói, é esse olhar marejado
Vem do fundinho da alma, como uma raspa
Se mostrando entre versos, lentos, parados
A causa é boa, vem retratar imagens novas
Que a noite trouxe, na madrugada completa
Um sono só, não sei, se alguma coisa prova
Ou guardar na lembrança, é o que me resta
Talvez venha para curar essas almas feridas
Trazer reflexão, ou somente colorir esse céu
Mais um, menos um, são retratos, dessa vida
E o sonho? Bom e ruim, não conto, foi só meu...