Aconchego
E a inspiração se aconchegou no silêncio breve,
Soltou o ar, e inspirou o verbo cuidadosamente;
Saboreou como se fosse doce as palavras leves,
E nas poucas rimas se encantou, relaxada mente.
E a verve verteu tantas emoções e entre esperas,
Se aquietou, visualizou, atualizou, e não chorou...
Não havia lágrimas, secura em plena primavera;
E a água salgada, que molharia a face, evaporou.
Mas o olhar observador, construiu belas imagens,
E as canções inimagináveis, em vozes celestiais...
Inspiraram o poeta, que mudou, e rio, das paisagens,
Entre notas cítricas, taças e vinhos, velas e castiçais.