Hora de dormir
A noite cai, logo tem que vir o sono
Ele teima a chegar e faz tanto barulho na minha cabeça
Meus pensamentos se agitam, agigantam
Entre os travesseiros, virando de um lado
ao outro
E eles vem desfolhando-se a minha frente
Horas que vem feito grande desassossego
Agitando-me, sacudindo-me
Misturam-se em blocos confusos, perdidos
Preocupações, corpo inquieto
As mãos doem, latejam cada parte
As pernas movimentam-se sem parar
E os pensares são tantos, longos
O sono foge, vai a casa vizinha e demora
a voltar
Entre suspiros e respiros, fecho os olhos
Vou dizendo pra mim mesma:
É hora de dormir, desligar-se da tomada
Já contei carneirinhos...
Depois de algum exaustivo tempo
o sono vem me embalando devagar
Bem devagar...